Neste final de semana terminei de ler o segundo livro deste ano! Os dois de Clarice Lispector! Fantásticos!
Era algo que eu coloquei como meta para mim neste ano, e estou feliz porque estou cumprindo as metas de leitura até mais rápido do que o esperado!
Este segundo livro que li, Perto do Coração Selvagem, achei muito bom e lendo hoje uma análise sobre o livro fiquei com muita vontade de escrever um pouco a respeito, pois absorvi muita coisa, mas lendo críticas consistentes pude perceber várias informações valiosas sobre o livro!
Joana, a personagem principal do livro é uma mulher à frente de seu tempo, uma mulher visionária que sente muito e muitas vezes se mantém em silêncio apenas observando e contrariando mentalmente o que assiste nos diversos âmbitos da sociedade, quando se relaciona com os demais personagens do livro.
As vezes precisamos deste silêncio, o tal “silêncio fundador”, o silêncio que significa conhecimento, silêncio que preenche de significado. Sabe aquele silêncio que temos “insights”? Então, é este mesmo!
Este “estar consigo mesmo” é imprescindível, viver esta verticalidade, buscando refúgio na interioridade nos trás libertação! Muito interessante, aliás acredito que muitas pessoas (inclusive eu) antes acreditavam que para se libertar precisamos de “starts” externos, mas a chave mestra está dentro de cada um!
Joana muitas vezes incomodava os demais personagens com seu silêncio, ela só “gastava saliva” quando realmente precisava mostrar quem era, no que acreditava e precisava impreterivelmente mostrar seu poder. Interessante, não? Talvez eu possa utilizar esta estratégia na minha vida! Quanta saliva desperdiçada em causas fúteis! Podería ter mantido silêncio algumas vezes para o mundo exterior e ter tido “insights” que iriam me ajudar a evoluir meus pensamentos e forma de vida! Tería sido mais proveitoso.
A personagem de Joana não aceita ser colocada dentro de uma caixinha com medidas pré-estabelecidas... não aceita que ditem regras que as vezes são seguidas sem mesmo serem anteriormente questionadas... gostei desta Joana, viu Clarice! rsrs
Incrível como lendo um livro, podemos imaginar o que o autor queria mostrar, em uma época em que muitas vezes era difícil até de dar opinião, quanto mais escrever sobre um personagem que quer quebrar as regras, quer entender a existência e as inquietações do espírito, que afinal, todos nós temos.
Em um mundo tão cronometrado, rígido de certos-errados, corretos-incorretos, pega bem-não pega bem, eu faria-eu não faria, é surpreendente descobrirmos que um mundo desconhecido encontra-se dentro de nós e que um mergulho na introspecção pode nos trazer auto conhecimento e uma vida melhor e mais feliz!
Recomendo a leitura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário