Mediocridade: uma praga contagiosa

Nunca introduza no mundo novas idéias, nunca pense com sua cabeça e sempre com a cabeça dos outros, siga a maioria: se disserem sim, diga sim, se disserem não, acompanhe; Se alguém te trouxer uma nova idéia, evite-a como se fosse um perigo social; Não se exponha fazendo o que o vizinho não faz, isso pode ser fatal; Caminhos novos? Nunca! Percorra aqueles que já foram percorridos por todos; Deixe tudo como está, para ver como é que fica!

Simples assim... realmente ser medíocre é muito mais fácil, menos problemático e trabalhoso. Não requer reciclagem nem atualização. Você não desperdiçará tempo, nem seus neurônios. Aliás, nem precisa pensar. Tudo que fizer faça por osmose, por que precisa ser feito e se for sempre igual, melhor ainda! Rotina é uma delícia!

Muitos querem estar sempre preocupados com as minhocas da vida, querendo perpetuar a vida de galinha ao invés de pensar em novos horizontes, pensando como águias. E o pior! Desejam “contagiar” aqueles ao lado, pois vivendo com medíocres, todos seremos medíocres e ninguém vai querer sair do cercado: praticamente um sonho!

Li em um site de debates culturais, um texto escrito por Agnaldo Ferreira dos Santos que continha uma ótima definição sobre mediocridade: A mediocridade é o mal dos que, inteiramente absorvidos nas delícias da preguiça e pela exclusiva deleitação do que está ao alcance das mãos, pelo inteiro confinamento no imediato, fazem da estagnação a condição normal de suas existências.

Idéias atrofiadas são como músculos atrofiados, não produzem energia nem movimento. Como uma perna imobilizada com gesso que quando tira-se o gesso a perna está visivelmente mais magra que a outra perna, mais debilitada, mais lenta. Quem não se movimenta, está parado, estagnado, não é à toa que o mosquito da dengue adora água parada.

De que lado você está?

Cuidado para não se contaminar...

... cuidado para não cultivar a mediocridade!