Uma quietude, uma paz que chegava a ser muda. Mansa.
Independente da ansiedade do barqueiro, da pressa dos tripulantes para a pesca, ela continuava lá, imperando, tranquila.
Não é a toa que a mansidão é um fruto do espírito, assim como o amor a bondade e o domínio próprio. Como é difícil se manter manso e sereno quando o restante dos barcos e pescadores estão fazendo o mar se agitar. E o pior de tudo: de que adianta?
Se agitar não é a melhor saída, definitivamente. As vezes por coisas simples, as vezes complexas, como é difícil não se envolver com o que está acontecendo ao redor mantendo um equilíbrio sadio entre, aceitar a forma do outro lidar com as coisas mas deixando claro que você não está de acordo!
Que desafio é este, diário de se manter sempre como aquele copo sem fundo! Que recebe mas deixa passar, recebe mas deixa passar, sem apego, sem remorsos, sem pré-conceitos, sem julgamentos.
Os sentimentos e pensamentos angustiam, atropelam a mente. Atropelam a ordem das coisas, fazem confundir..... e onde está a mansidão nestas horas? De que forma criar um mar assim, calmo e sereno dentro de você que tenha ainda um belo sistema de comportas, filtrando aquilo que não é problema seu para que esta água fique represada sem jorrar para seu mar e desagregar com tudo?
Ah! Vida maravilhosa esta! A cada dia um aprendizado, uma vivência, uma sensação nova que só colaboram para o crescimento! Cabe a nós estarmos atentos e não deixar que os atropelos nos façam perder o foco dos detalhes.
Uma noite mansa para você!

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