Parábola da Caverna

Este final de semana, meditamos muito a respeito desta parábola, ou Alegoria da Caverna, como preferirem.

A história é a seguinte: Olhando a ilustração ao lado, imaginem uma caverna, onde pessoas viviam acorrentadas pelos pés e pescoço. Ficavam sempre na mesma posição e só era permitido que olhassem para frente, onde existia uma parede que eram projetadas sombras. Estas sombras eram produzidas por pessoas que seguravam gravuras por detrás do muro da caverna e uma vez que existia uma fogueira, a luz era projetada. Sons que vinham de fora também ecoavam para dentro da caverna, e os prisioneiros acreditavam que as sombras tinham vida e eram reais.

O ponto que mais me fascina nesta alegoria criada e contada belamente por Platão no Livro VII de A República, é que quando alguém conseguia escapar e sair da caverna, encontrava a verdade: estavam presos e viam sombras que eram projetadas por pessoas que viviam no ambiente externo e os sons eram barulhos que vinham de fora: um local maravilhoso, onde existia o sol, a natureza, a Vida! Mas... ao voltarem para contar as boas novas aos prisioneiros, eram tidos como loucos e eram mortos.

Alguma semelhança com nossa vida diária?

Quantos de nós vivem em cavernas particulares, acreditando naquilo que querem, sem ao menos colocarem o nariz para fora para descobrir a verdade. E ai daquele que decidir se meter a besta de contar, poderá ser morto!

Quantos de nós preferem por opção, viver enclausurados, sem sol, sem vida e sem natureza pois acreditam que a "verdade" é forte demais e perigosa?

Quantas cavernas são interligadas pela própria internet! Redes sociais que só mostram as sombras de uma vida "fake" que desejavam levar, mas que na verdade não passa de uma história inventada, uma sombra projetada... mas lá dentro estão a salvo, pela rede não correm riscos.

Amizades que se resumem ao "click", não existe mais telefone, cara-a-cara... assim não nos expomos, assim não precisamos nos locomover, nos esforçar, conviver... e homens de gelo dentro da caverna se tornam mais imobilizados e menos "humanos".

Quantos morrerão dentro da caverna, pela dureza de evitarem aprender o novo, não admitirem aprender com o outro, não admitirem que o outro em determinado ponto pode saber mais... quererem sempre saber tudo... são os melhores. A verdade é que todos nós aprendemos todos os dias, com o outro muitas vezes, querendo ou não.

E vc?
Tem vivido fora ou dentro da caverna?