20 de maio de 2013

Diário


O bacana de manter um diário é poder ter a sensação de ler seus sentimentos e angústias passados em um momento futuro, quando se está vivendo outro sentimento... 
Escrever é colocar para fora. Colocar no papel é dar vida para as palavras e idéias para que talvez elas possam sair voando, correndo e desta forma deixar sua mente.
Pode ser também uma forma de ver por outro ângulo aquilo que angustia, que perturba, que incomoda... muitas vezes lendo a reflexão se torna mais fácil, mais claro, mais franco, não há como fugir.

Feliz é aquele que lê suas anotações numa madrugada qualquer e em meio ao silêncio da rua muda, pode avaliar que cresceu, que tem crescido, que evoluiu...
Ou, não... talvez as angústias sejam as mesmas, embaladas nas mesmas músicas que desenrolam as lágrimas como um fio de iô-iô.

Esta é a fascinação de escrever

Poder tirar de dentro de si aquilo que não tem vida, mas tem força para pausar sua vida; Poder tirar da vida daquilo que de um pingo torna-se uma tempestade, antes que a enxurrada te leve; Desnudar a sombra de uma mão contra a luz, que toma a forma de um gigante, mas na verdade são dedos de unhas roídas medrosos e sem graça.

Entre uma xícara de chá e algumas incógnitas, o emaranhado de pensamentos se ordena, entra em fila, se aqueta, se acalma. E enquanto o chá desce quente pela garganta, descem com ele as incertezas, os medos, as tristezas... e o que fica é o quente no peito te preparando para voltar a dormir e sonhar...


  

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