15 de julho de 2013

A xícara



Para mim um chá antes de dormir é indispensável. Estes dias estava enxugando minha xícara preferida para tomar meu chá (um modelo igual a esse da foto, que comprei em Monte Sião) e como a cabeça estava em qualquer outro lugar menos prestando atenção no pano de prato e na xícara...

Em questão de segundos vi a xícara pulando de minhas mãos em câmera lenta, indo encontrar o piso frio, indo... indo... chegando... até espatifar em vários pedaços. Tantos pedaços que mesmo sem me mexer, percebi que nem que eu quisesse daria para colar.

Triste.

Senti uma tristeza enorme por saber que infelizmente não poderia fazer nada a não ser recolher os pedaços e jogar no lixo. Senti que perdi um tempo precioso, desligada pensando em outra coisa (que não ía agregar em nada) enquanto poderia ter me concentrado e preservado minha tão estimada xícara.

Quantas xícaras temos quebrado diariamente? Quantas coisas boas deixamos passar por nos apegar a sentimentos antigos, revoltas bobas, pensamentos que não agregam. Até as pessoas queridas as vezes não tem o melhor de nós porque ao invés de estarmos cuidando  do que importa, estamos secando a xícara pensando na "morte da bezerra" e..... pronto.... um descuido e lá se foi mais uma xícara.

O pior é que não há super-bonder que dê conta de colar tantos pedaços. Quebrou, quebrou. Passou, não volta.

Muitas xícaras têm sido quebradas ultimamente? 

Temos aproveitado os sabores dos chás com calma até o fim ou temos amargado xícaras quebradas por tempo desperdiçado e pedaços que não colarão mais?










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